Ano II - Numero 4 - Fevereiro de 2011 - Dicas e Artigos sobre Manifestações Artisticas e Literarias
Adaptar-se ou perecer
Há vozes (e sábias vozes) dizendo que a maioria das editoras de livros vai se acabar dentro de, no máximo, cinco anos. Levando em conta que está acontecendo uma grande invasão de livros digitais, isso até pode ser verdade. Aquelas editoras que não se adaptarem às novas plataformas de publicação, certamente encontrarão grandes dificuldades para continuar sua trajetória. O livro digital veio para ficar, para marcar época, para substituir.
E, de fato, esse novo formato tem incalculáveis vantagens sobre seu parente em papel. A começar pela Ecologia. Um livro digital não obriga ao abate de árvores, não polui o ambiente com a fabricação fétida da celulose, não consome diesel para o seu transporte e nem fica armazenando poeira e fungos (incluindo ácaros) com a sua estocagem. E nem ocupa espaço. Um simples pendrive pode armazenar centenas de títulos (milhares, até, dependendo de sua capacidade) e um e-reader pode levar em sua memória uma biblioteca de mais de m Il e quinhentos livros).
Porém... Há sempre um porém para atrapalhar.
Na realidade, alguns fenômenos aparentemente inexplicáveis estão acontecendo com os livros digitais.
Um deles é o seu próprio custo. Teoricamente, um livro digital deveria custar, para o consumidor final, no máximo 40% do seu similar em papel. Não é bem exatamente o que estamos vendo. Os preços do livro impresso e do livro digital, incrivelmente parecem estar caminhando para um empate. Na verdade, não é compreensível para os mortais comuns (os leitores, bem entendido) que os custos de produção de uma edição em papel possam ser equiparados ao custo de produção de um livro digital. Afinal de contas, a própria impressão de um livro não é barata e todos sabemos disso. Aliás, esse era o principal argumento dos editores quando da produção de um livro. Agora, tempos mudados, eles alegam que o custo de produção de um livro é de apenas 15% de seu preço final, o resto sendo dividido entre o pagamento dos direitos autorais, custos de distribuição, publicidade e marketing, revendas e a própria editora.
Ora, na nossa humilde opinião e de cima de nossa mais recente experiência com duas promoções realizadas entre dezembro e janeiro últimos, afirmamos que isso é, mais uma vez, mentira editorial.
Mesmo trabalhando em edições sob demanda (o que encarece sobremaneira a produção gráfica), consegui sobreviver durante esses dois meses produzindo unicamente dentro dessas promoções. Explico: tudo é uma questão de negociar os preços das terceirizações. Não é novidade para ninguém que o mercado editorial está muito mais para vendedor do que para comprador. Isso significa que uma grande parte dos serviços que devem ser terceirizados por uma editora (sobretudo as de pequeno porte, que não podem arcar com os custos fixos de profissionais assalariados), podem ser amplamente discutidos, pois todos esses profissionais free-lancers estão atrás de trabalho e podem facilitar seus preços. O mesmo pode ser dito quanto às gráficas no esquema fast graphics, que proliferam por aí, com preços a cada esquina mais favoráveis. É só a editora não ser gananciosa, que dá para fazer preços bastante aceitáveis e até mesmo tentadores, especialmente para os escritores iniciantes e com juízo suficiente para saber que dificilmente venderão mil exemplares de sua obra, mas com certeza venderão duzentos ou duzentos e cinquenta. E que, num esquema de edição sob demanda, não terão de arcar com preços de frete, de armazenamento e outros. E seus livros, devidamente transformados em e-books, estarão disponíveis realmente por quarenta por cento do preço daquele em papel. Sem derrubar nenhuma árvore.
Contudo, como tudo que é bom dura pouco, chega um momento em que as promoções têm fim e o preço sobe. Porém (e aqui esse “porém” não é fator atrapalhante), nós, da Ryoki Produções, continuamos a buscar os menores custos de produção tanto para os livros em papel quanto para os e-books e, com isso, conseguimos alcançar preços que equivalem a menos da metade do preço da concorrência. E, através de pagamento via cartão de crédito, esses valores podem ser divididos em até 12 prestações.
Acreditamos que, com esse nosso modelo de negócio, estaremos contribuindo para que novos autores surjam no panorama literário brasileiro. Luminares como Jair Lopes, Cilas Medi, Alex Brito, Melissa Fernanda, Anna Canavezi, Maira Cherlandes e vários outros.
Nossa missão é proporcionar aos novos autores uma oportunidade de ter um lugar ao sol. Para isso, é claro, precisamos sobreviver. Não ambicionamos lucros espetaculares, apenas precisamos sobreviver para que possamos continuar a abrir portas para os novos autores. Lembrando sempre que qualquer autor, um dia, também começou, também teve de enfrentar e vencer as terríveis barreiras impostas pelo nosso tão deplorável mercado editorial.
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